Tanto é que na maioria das cidadesbrasileiras, o índice de coleta dos serviços de lixo-limpo não atinge sequer 2% do seu verdadeiro potencial. O resultado é desastroso para toda a sociedade. Matérias primas como plásticos, metais, vidros e papéis têm como destino
os lixões ou aterros. Mas poderia ser bem diferente.
Os plásticos, em sua grande maioria, podem ser reintroduzidos na cadeia produtiva das indústrias, transformando- se em uma infinidade de produtos, desde telhas a tubos de esgoto, como os utilizados na Ecovila.
O mesmo acontece com metais, cujo reaproveitamento, assim como os plásticos, diminui a pressão sobre insumos virgens, reduzindo o gasto energético e a poluição inerente a esses processos produtivos.
O lixo é um recurso tão valioso que cientistas de vários países, inclusive no Brasil, já demonstraram a viabilidade de se obter até óleo combustível a partir dos dejetos domésticos. O lixo orgânico, por exemplo, pode ser tratado e transformado em materiais para construção civil.
Para isso, porém, é preciso oferecer à comunidade um método fácil e eficaz de recolhimento e reaproveitamento do lixo. Ele precisa ser segregado na origem, limpo e acondicionado. Quando isso ocorre, o seu preço de revenda sobe, permitindo com que toda a cadeia se torne autosustentável.